terça-feira, fevereiro 21, 2006
Candy for Nature Junkies
Just before showing off to my camera in the picture below, nature gave us a taste of the fantastic waterslide it sculpted some millions of years ago. These days, long discovered by nature junkies, the adrenaline is there for the taking. So, if you like to watch, there´s plenty of eyecandy (just look down a post). If you like to feel, this here is sweets for the body!
By the way, the junkie there is none other than ME!
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Comunhão
Há lugares nesse planetinha azul que nos proporcionam uma certa energia, uma comunhão com os elementos. São locais longe do concreto, das buzinas, da correria, de formigueiros humanos. Pelo contrário, aqui imperam o silêncio, o verde, as correntezas fluviais... Pois são exatamente esses os ingredientes que recheiam a beleza natural e o charme de Visconde de Mauá, Maringá e Maromba.
Cachoeiras belíssimas se espalham por todos os lados, umas enormes e imponentes, como se estufando o peito para abrir clarões na vegetação, outras pequenas e escondidas, como escaninhos da natureza. Araucárias, flores, grutas, borboletas azul-claras aos montes, estradinhas de terra como capilares se distanciando da civilização, pousadas aconchegantes e numerosas, umas remetendo aos tradicionais chalés Suiços, outras mais simples e agraciadas com redes, bem brasileiras... Enfim, um cenário para dissolver qualquer desgosto.
Paralelamente a toda esta paisagem bucólica, há também, se desejada, adrenalina em doses generosas! Pode ser na Cachoeira do Escorrega, onde se encontra uma rocha lisa, ondulada e de boa inclinação que, com o auxílio da forte correnteza do rio, impulsiona a pessoa ladeira abaixo até uma piscina natural, ou então no Poção da Maromba, que é também uma piscina natural, essa com um paredão que se ergue à sua lateral, oferecendo uma plataforma de uns cinco ou seis metros para o pulo dos mais corajosos (ou loucos, como queira interpretar!). Esse louco aqui pulou nove vezes no total!
Para completar, talvez a melhor truta que comi em toda minha vida, na Truticultura Santa Clara. Assada inteira na brasa, sua pele coberta em sal, é servida com molho teriaki e acompanhada por cogumelos cozidos no bafo. Juntamente com a explosão de paladar da primeira garfada, senti também pena, pois sabia que uma hora acabaria... Isso sem falar nos deliciosos sashimi e carpaccio de truta que iniciam a festa.
Como resumir? Talvez, a melhor forma de fazê-lo (e ao mesmo tempo quebrar esse clima de revista de turismo!) seja essa:
A lavagem de minha alma foi completa, o corpo revigorado por uma injeção de sensações que há tempos não sentia, a mente clareada por imagens às quais a câmera fotográfica não fez justiça. O Rio Preto, personagem principal dessa história, se espreme entre os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais... Mas poderia muito bem ter se espremido por minhas veias nesse fim de semana.
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
Mestre Chico
E do amor gritou-se o escândalo
Do medo criou-se o trágico
No rosto pintou-se o pálido
E não rolou uma lágrima
Nem uma lástima para socorrer
E na gente deu o hábito
De caminhar pelas trevas
De murmurar entre as pregas
De tirar leite das pedras
De ver o tempo correr
Mas sob o sono dos séculos
Amanheceu o espetáculo
Como uma chuva de pétalas
Como se o céu vendo as penas
Morresse de pena
E chovesse o perdão
E a prudência dos sábios
Nem ousou conter nos lábios
O sorriso e a paixão
Pois transbordando de flores
A calma dos lagos zangou-se
A rosa-dos-ventos danou-se
O leito do rio fartou-se
E inundou de água doce
A amargura do mar
Numa enchente amazônica
Numa explosão atlântica
E a multidão vendo em pânico
E a multidão vendo atônita
Ainda que tarde
O seu despertar
Falar o quê sobre alguém com a capacidade de escrever isso aí?
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
Blessings
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
If Einstein Were A Dog...
...This is what he would look like.
Meet my dog, Spock. If Border Collies are famous for their intelligence, well then, this would be a famous Border Collie! I got to thinking of how much he would be enjoying the 70 centimenters of snow that fell in Connecticut and decided to honor him with a blog. Somewhere way up in heaven, there´s a happy, great-looking, hilariously clever, bilingual dog barking at snowflakes and chasing down heavily bundled sledders.
Wow, fighting back tears here...
Good boy.
Wrong Place, Wrong Season
As New York glistens under more than two feet of fresh snow, I sit and await the next glacial age to maybe witness Rio under a white blanket. How beautiful that would be... As this will not happen in the next few minutes, let´s just appreciate what nature is capable of when it turns down the heat and turns on the faucet.
To add insult to injury, the place registering the highest amount of snow (at least as far as I've seen, with 28 inches!) is exactly Easton, Connecticut, where I used to live!
To my friends in New York and Connecticut: Wish I were there...
sábado, fevereiro 11, 2006
The Constant Gardener
For once I will bypass the traditional "movie review" detailing of the technical and artistic aspects of film, despite "The Constant Gardener" presenting itself as utterly brilliant here. Instead, I am forced to recognize that such elements must ultimately take a back seat to the clarity and brutality of the film´s message.
To best synthesize this, I have elected a stubby and unpretentions, albeit melodious little word as perhaps the most emblematic in dissecting what is truly essential in this film. I believe this word´s versatility is what makes it so applicable for this task.
And so, in light of the tragically common and calamitous events which ravage the African continent, and which are so sublimely depicted in "The Constant Gardener", I offer you the word:
WAKE
1. a) To cease to sleep;
b) To be brought into a state of awareness or alertness;
2. A track, course, or condition left behind something that has passed;
3. In the aftermath of; as a consequence of.
4. To keep watch or guard, especially over a corpse.
How exactly are these definitions applicable? Simple:
1. We who live confortably and blissfully, eyes closed in REM, unaware of the African catastrophy, must wake up to reality.
2. The mindless, soulless, cash-driven exploration of the African continent and the African people leaves in its wake an evergrowing cemetery of nameless faces.
3. In wake of the lack of the most basic of human needs, Africans themselves inflict their own wave of death and destruction.
4. Before the collective burial of Africa, the planet blindly attends what seems to be an interminable wake.
Some movies are prizeworthy not because of the art, but because of the humanity.
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Fresta
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
Campanha
Senhoras e senhores (até parece...),
Começo hoje minha campanha eleitoral particular. E ao contrário desses parasitas que infestam nossa política, não gastarei nem um centavo público em fazê-lo. Aliás, não gastarei mais do que alguns minutos por mês! É tudo muito simples...
A partir de hoje utilizo este blog para expor minha intenção de voto nas próximas eleições.
VOTE NULO
Dentro desta pseudodemocracia (ou você ainda pensa que o povo tem em suas mãos o poder?), este é o único meio que temos para protestar contra a putrefação política neste país. Funciona assim:
No segundo turno, se nenhum candidato conseguir a maioria (mais de 50%) dos votos, a eleição está obrigatoriamente cancelada e um novo pleito será realizado. Melhor ainda: é automático o afastamento dos candidatos, pois eles não poderão mais concorrer à eleição e serão substituídos por novos nomes (não se trata aqui de devaneio: nas últimas eleições, conforme rezou a lei, 28 municípios do País tiveram suas eleições anuladas pelo imperativo do voto nulo).
Por favor, peço-lhes que espalhem isso para todos. É importante que não votem nem nos "candidatos" (risível, não?) e nem em branco. O voto é NULO. A urna, quando forem digitados números que não correspondam a nenhum candidato, dará ERRO como resposta. NÃO É ERRO!! É DIREITO SEU!! Digite 00 (zero zero) e confirme.
V O T E N U L O
Começo hoje minha campanha eleitoral particular. E ao contrário desses parasitas que infestam nossa política, não gastarei nem um centavo público em fazê-lo. Aliás, não gastarei mais do que alguns minutos por mês! É tudo muito simples...
A partir de hoje utilizo este blog para expor minha intenção de voto nas próximas eleições.
VOTE NULO
Dentro desta pseudodemocracia (ou você ainda pensa que o povo tem em suas mãos o poder?), este é o único meio que temos para protestar contra a putrefação política neste país. Funciona assim:
No segundo turno, se nenhum candidato conseguir a maioria (mais de 50%) dos votos, a eleição está obrigatoriamente cancelada e um novo pleito será realizado. Melhor ainda: é automático o afastamento dos candidatos, pois eles não poderão mais concorrer à eleição e serão substituídos por novos nomes (não se trata aqui de devaneio: nas últimas eleições, conforme rezou a lei, 28 municípios do País tiveram suas eleições anuladas pelo imperativo do voto nulo).
Por favor, peço-lhes que espalhem isso para todos. É importante que não votem nem nos "candidatos" (risível, não?) e nem em branco. O voto é NULO. A urna, quando forem digitados números que não correspondam a nenhum candidato, dará ERRO como resposta. NÃO É ERRO!! É DIREITO SEU!! Digite 00 (zero zero) e confirme.
V O T E N U L O
segunda-feira, fevereiro 06, 2006
Downside Up
quarta-feira, fevereiro 01, 2006
When In Rome...
Do as the Romans do. When in Rio, do as the Cariocas AND ROMANS do. Apparently, that´s the way to go...
As I stood in a long and excruciatingly slow line waiting to cash in some traveller checks, I witnessed a tourist in a process of perfect adapatation to his surroundings. How, you ask?
After 3 minutes standing at the back of the line, an Italian man of about 30, as evidenced by his passport and his spoken language, realized just how long he would be occupying that very spot and very casually walked out of the American Express office. Gave up, right? Went back to his nearby hotel room and decided to come back some other time, right? No, not quite.
In an uncanny impersonation of a modern-day Brazilian, this man walked back into the office some five minutes later, this time holding in his arms a toddler, a little girl about 3 years of age, and without flinching, walked to front of the line. In case you have not yet processed this information, here is the way things work down here: Senior citizens (over 65), women in gestation, handicapped persons, and persons holding small children have the right to immediate assistance.
Well, from the behavior of the child I gathered that at least it was HIS child. But still, this little girl was way past taking her first steps (or needing to be in his arms, for that matter). I can only assume that he went up to his hotel room, got the little girl and came back.
So I say "well done, my Italian friend!" In a mere handful of days you have mastered the Brazilian art of "dar um jeitinho", which loosely translates to "find a quicker, easier, but not necessarily more respectable way" of getting things done.
Nevertheless, being one of those who tries his best to do things in the "slower, harder, more respectable way", and doing things in this manner in his native country and city (overseas I wouldn´t imagine doing things any other way!), I did not hesistate for one moment in giving this man a long, hard look of disapproval, of utter disgust even, for his actions. Whether it had the desired effect, I will never know...
But hey, I must be one in some ten thousand to behave this way. The other (and obviously "cleverer") 9,999 people probably would have done the same as the Italian. After all, stupidity feeds stupidity, disrespect feeds disrispect, and lack of character feeds from everything else.
As I stood in a long and excruciatingly slow line waiting to cash in some traveller checks, I witnessed a tourist in a process of perfect adapatation to his surroundings. How, you ask?
After 3 minutes standing at the back of the line, an Italian man of about 30, as evidenced by his passport and his spoken language, realized just how long he would be occupying that very spot and very casually walked out of the American Express office. Gave up, right? Went back to his nearby hotel room and decided to come back some other time, right? No, not quite.
In an uncanny impersonation of a modern-day Brazilian, this man walked back into the office some five minutes later, this time holding in his arms a toddler, a little girl about 3 years of age, and without flinching, walked to front of the line. In case you have not yet processed this information, here is the way things work down here: Senior citizens (over 65), women in gestation, handicapped persons, and persons holding small children have the right to immediate assistance.
Well, from the behavior of the child I gathered that at least it was HIS child. But still, this little girl was way past taking her first steps (or needing to be in his arms, for that matter). I can only assume that he went up to his hotel room, got the little girl and came back.
So I say "well done, my Italian friend!" In a mere handful of days you have mastered the Brazilian art of "dar um jeitinho", which loosely translates to "find a quicker, easier, but not necessarily more respectable way" of getting things done.
Nevertheless, being one of those who tries his best to do things in the "slower, harder, more respectable way", and doing things in this manner in his native country and city (overseas I wouldn´t imagine doing things any other way!), I did not hesistate for one moment in giving this man a long, hard look of disapproval, of utter disgust even, for his actions. Whether it had the desired effect, I will never know...
But hey, I must be one in some ten thousand to behave this way. The other (and obviously "cleverer") 9,999 people probably would have done the same as the Italian. After all, stupidity feeds stupidity, disrespect feeds disrispect, and lack of character feeds from everything else.
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