quarta-feira, março 10, 2010
terça-feira, dezembro 08, 2009
Cena Bem Brasileira
Passageiros num vôo da TAM do Rio para Vitória fizeram a festa no céu. Flamenguistas, ainda extasiados com o hexacampeonato brasileiro e em maioria no vôo, trouxeram o Maracanã para dentro da aeronave com canções da torcida rubro-negra. Até aí, nenhuma grande novidade. Mas aí vem a criatividade:
Moda entre torcedores de Flamengo e Fluminense, jogos no Maracanã são precedidos por festas belíssimas envolvendo os chamados "mosáicos", onde cada espectador levanta uma cartolina de determinada cor para formar, coletivamente, dizeres e imagens de apoio ao seu time do coração. Pois não é que os flamenguistas do vôo da TAM deram seu jeitinho de formar um mosáico a 35 mil pés?! Pegaram as cartelas de segurança (aquela que fica no bolsão da poltrona à frente e informa qual é a melhor maneira de sobreviver caso o avião venha a se espatifar no meio do Oceano Pacífico a 800 km/h), levantaram sob suas cabeças e as abanaram, bem como fazem rubro-negros e tricolores em dia estádio cheio. Não satisfeitos, realizaram uma "ola longitudinal", com braços se erguendo em sequência, da primeira poltrona do avião até a última e de volta.
Só no Brasil, né?
segunda-feira, dezembro 07, 2009
Pontos Corridos vs. Mata-Mata
quinta-feira, dezembro 03, 2009
Ser Carioca É...
Pois é... Torço para que os participantes da comunidade, os quase 87.000, estejam agindo de acordo. Eu, apesar de um ou outro deslize, tento fazer minha parte.
Infelizmente, não é o que se vê. O carioca se tornou, para todos os efeitos, o inimigo número um de seu próprio lar. Alguns diriam, vá lá, que este posto pertence aos governos do estado e do país. Evidente, os políticos brasileiros não se cansam de nos envergonhar, agindo em causa própria, achincalhando o povo brasileiro. Mas isso é assunto para enciclopédia...
A verdade é que nunca se viu o carioca tão desleixado, tão desinteressado, tão agressivo, tão desrespeitoso, tão ignorante, tão crasso ou tão sujo. Mais do que nunca, é um lugar dominado pelos 'espertos' e infestado pelos 'porcos'.
Aliás, o assunto do momento se refere exatamente à capacidade do carioca em sujar as ruas e praias do Rio. Virou polêmica, inclusive, com o prefeito alertando para este fato e prometendo tirar os garis de serviço, sem aviso, numa tentativa de sensibilizar o cidadão. Medida que tem meu total apoio, por sinal. Afinal de contas, o carioca precisa aprender a fazer sua parte, sem berrar e choramingar o que o governo faz ou deixa de fazer. Precisa deixar de lado a hipocrisia e assumir sua parcela da culpa. E para isso, está precisando urgentemente de um choque, um sacode, um soco na barriga. Ou quem sabe, um fedor nas narinas.
Hoje mesmo testemunhei dois (entre vários) exemplos escancarados dessa falta de higiene social. A praia da reserva, no Recreio dos Bandeirantes, sempre foi considerada uma das mais limpas da orla. Hoje, porém, era um princípio de lixão a céu aberto, com sacos plásticos, pontas de cigarro, latas, embalagens de tudo que se possa imaginar, restos de comida e outros dejetos. Saí de lá sentindo pena daquela paisagem, tão espetacular e tão maltratada. Em seguida, voltando pra casa, estou parado atrás de um ônibus no sinal vermelho quando o último passageiro lança pela janela uma garrafa pet vazia. Indignado, não tive dúvida e chamei-o de porco ao ultrapassar o ônibus.
Isso sem falar nas brigas e bandalhas no trânsito, no comportamento grosseiro e hostil que o carioca apresenta em público, no descaso com as leis, no descuido com o patrimônio da cidade, enfim. Aliás, na linha de pensamento desta última, a frase que melhor define a situação é: Aqui, o que é público pertence não a todos, mas a ninguém.
A coisa está realmente muito feia. Não está fácil depositar esperança num futuro digno para o Rio.
Por outro lado, temos sob nossos pés e ao nosso redor a mais magnífica metrópole do planeta, uma cidade empoleirada no mar e cravada entre montanhas, submersa no verde da mata atlântica. As praias, as praças, os monumentos, a história, e claro, o carioca, fazem do Rio um lugar único. Temos também uma grande oportunidade, com a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 que serão realizadas aqui. É nossa chance, talvez a última, de reverter esse padrão de deterioração generalizada que se instalou nas últimas décadas. Chega de abrir aquele sorriso amarelo para descrever o Rio de Janeiro como uma cidade linda, alegre, hospitaleira, mas violenta e em decadência.
Para tanto, há de se mudar radicalmente o comportamento da população. Temos que reencontrar o orgulho perdido e recuperar a cidadania, o respeito, a educação e o amor pelo que nos pertence. Temos que nos manifestar, juntar pensamentos e esforços e então agir, tanto de forma individual quanto coletiva, ao invés de cruzar os braços esperando que alguém tome uma atitude. Está na hora do carioca se reinventar.
terça-feira, agosto 25, 2009
Gabi
Gabriella, minha prima de terceiro grau, teve, ontem, seu merecido descanso, aos 32 anos de idade. O câncer que a envenenava venceu após uma genuína maratona de batalhas travadas ao longo da vida.
Ainda bebê, Gabi perdeu seu olho direito para a doença, substituído por uma prótese de vidro. Passado o susto e superada a desgraça, parecia que os danos se limitariam a isso, e por quase vinte e cinco anos, assim se manteve. Gabi teve a infância e a adolescência que a maioria de nós teve – feliz, completa. Mas isto era a proverbial calmaria antes da tempestade.
Acho que ninguém imaginava o calvário que viria. A partir de seus vinte e cinco anos, o câncer iniciou um verdadeiro assalto ao seu corpo. A primeira investida da doença (ou segunda, se considerado o olho na infância) foi na musculatura da coxa. Câncer extirpado, quimioterapia, fisioterapia. Sorriso. Em seguida, o pulmão. Câncer extirpado, corpo retalhado, quimioterapia, fisioterapia. Sorriso. Depois, o mediastino. Este não pôde ser extirpado, mas seguiu a mesma rotina de sofrimento já descrita. Sorriso. Foram sete anos lutando, sofrendo, sendo submetida a uma enormidade de intervenções, cirurgias e tratamentos. Fosse eu, certamente não teria agüentado. Mas, tratando-se do espírito iluminado e luminoso que era a Gabi, havia nela uma força incomum e uma calma que, para nós que assistíamos de camarote, chegava a ser desconcertante.
Há pouco mais de uma semana, eu estive na casa da Gabi para vê-la. Não a via há uns seis meses antes disso e, ao entrar em seu quarto e dar de cara com ela na cama, imagino que minha expressão delatou meu susto. O câncer e os conseqüentes tratamentos, ambos cruéis, tinham deixado marcas. Ela estava muito magra e abatida, tinha a voz um pouco mais baixa e dificultada pelo desconforto no peito, mas incrivelmente, permanecia em sua impávida serenidade. Via-se a tristeza em seus olhos, é claro, por estar enfrentando pela enésima vez tamanho desafio e sofrimento, mas aquele sorriso, como de praxe, transbordava.
Em certo momento, cheguei a brincar com ela. Mandei que tirasse aquele sorriso da cara, dizendo que não era justo ou normal que, diante daquilo tudo, diante dos rostos piedosos e consternados que ela encontrava, ela ainda o mantivesse. Obviamente, minha intenção era o exato oposto: mostrá-la o quanto a admirava por sua tenacidade, por sua graça perante tamanha desgraça, por sua força e fé, por sua capacidade de superar, diariamente, este estorvo. Era também minha maneira de agradecê-la por tudo isso. Afinal, ela, sozinha, colocava o resto em perspectiva para mim e para todos que a conheciam. Por tudo isso, eu a chamava de minha "fortaleza".
Emendei dizendo a ela que jamais se desfizesse dele, pois era sua marca registrada e era, acima de tudo, nossa viga mestra.
Conversamos bastante, discutimos nossos respectivos futuros (Gabriella era formada em desenho industrial e era simplesmente brilhante em sua profissão), fizemos planos de reunir os primos assim que ela estivesse melhor. Logo, resolvi me retirar para deixá-la descansar. Dei-lhe um beijo no rosto e me despedi, parando por um momento para apreciar aquele belo e radiante sorriso.
Foi a última vez que o vi.
Hoje, aquele sorriso tem outros donos. Não mais pertence àquele corpo que tanto fez para extinguí-lo. Pertence a outra dimensão, mais pura e digna dele. E pertence, em memória, a mim e a todos que o conheceram.
Gabi,
Foi um dos grandes privilégios de minha vida poder tê-la como prima e, principalmente, como fonte de inspiração. Obrigado por me mostrar a dimensão do espírito humano e por colocar a vida, com todas suas alegrias e tristezas, em perspectiva. Você foi, é, e será sempre nossa luz.
Um beijo do primo, com toda a admiração, toda a gratidão, e todo o carinho do mundo.
quinta-feira, fevereiro 26, 2009
Hello?
If you are obsessive-compulsive, press 1 repeatedly.
If you are co-dependent, please ask someone to press 2 for you.
If you have multiple personalities, press 3, 4, 5 and 6.
If you are paranoid, we know who you are and what you want, stay on the line so we can trace your call.
If you are delusional, press 7 and your call will be forwarded to the Mother Ship.
If you are schizophrenic, listen carefully and a little voice will tell you which number to press.
If you are manic-depressive, it doesn't matter which number you press, nothing will make you happy anyway.
If you are dyslexic, press 9696969696969696.
If you are bipolar, please leave a message after the beep or before the beep or after the beep. Please wait for the beep.
If you have short-term memory loss, press 9. If you have short-term memory loss, press 9. If you have short-term memory loss, press 9.
f you have low self-esteem, please hang up our operators are too busy to talk with you.
If you are menopausal, put the gun down, hang up, turn on the fan, lie down and cry. You won't be crazy forever.
If you are blonde, don't press any buttons, you'll just mess it up.
Goodbye.
sábado, setembro 27, 2008
Paul Newman 1925-2008
We gain as we age, we lose as we age.
But this is not necessarily in reference to losing someone close. Sometimes, the death of one is the sorrow of millions. Today, this sorrow translates to the passing of one of Hollywood's legends:
Paul Newman is gone.
I feel just that much older.
quarta-feira, setembro 24, 2008
National Geographic Strikes Again!
Now, if you take a closer look, you'll notice that the overall shape of this skyline is something like a "hill", or a "camel hump", if you will, with downtown Manhattan and its formidable edifices ascending high over the rest of the city.
Ever ask yourself why that is?
Let´s see... Well, that´s where the money is, right? I mean, if you're going to build a city with the fame and wealth of New York, some part of it needs to stand out above the rest.
No. Not quite.
Well, then... Maybe those genius architects decided to concentrate their best work in one specific part of town.
Wrong again.
Then, it has to be coincidence!
Nope, that´s not it either!
The answer? Glaciers!
More than 8,000 years ago, the world was going through its last ice age and the North American continent was almost completely under a thick sheet of ice. How thick? Well, what we know today as New York City was, back then, under one mile of it!
Fast-forward a few hundred years. The ice age is coming to an end. The glaciers are receding.
Now, imagine a mile-high layer of ice being slowly and incessantly dragged along the surface of the continent. It's going to cause some damage, right? In fact, it will shred and carve the bedrock like the proverbial hot knife through butter. But due to the characteristics of both the bedrock and the glacial recession above it, this wearing and tearing was less severe in downtown Manhattan. Elsewhere (to the right and to the left of the picture), huge valley-like grooves were created.
Over time and with the help of wind, water and ice, those grooves were slowly filled with the resulting rock sediment, levelling once again the earth in that region.
So far, so good. But what does that have to do with the height of those buildings?
Here's the explanation:
As strong and stable as that new, compacted sediment may be, it is not as solid and not as capable of withstanding the weight that the bedrock can hold. And when it comes to architecture, a firm foundation is key. The strength and resistance of this foundation is what allows for taller, and therefore heavier, buildings.
Cool, huh?!
segunda-feira, setembro 15, 2008
The Great Gig In The Sky
quinta-feira, setembro 11, 2008
December 21st, 2012
You've heard all the prophecies about the fires of hell and rise of the oceans and famines and plagues... Nostradamus and the likes have all said that the earth would come to a tragic and apocalyptic end. But whether or not the world "should have" ended some 56 times by now, the fact is that I'm still here talking to you. We can sleep soundly, agree?
Well, this is where things get interesting:
The Ancient Mayan Calendar was and is one of man's greatest creations, still as accurate as our own computerized calendars today. It has 12/21/12 as its last day, when a cataclysm, the end of time, is predicted. So what, right?
What if I told you this same message appeared almost five millenia before that, and a few thousand miles away, in the chinese I Ching? The "Book of Changes", as it is also known, has been widely regarded as a sort of oracle. Believe it or not, it was written in a pattern that, when shown mathematically, comes to an abrupt stop on one specific date: 12/21/12. Strange, wouldn´t you say? You're still not impressed?
Merlin (yes, the medieval sorcerer) was not only real but also a prophet. Yes, you guessed it. More?
The native-american Hopi indians, who, by the way, have a rather impressive prophecy track record, have december 21, 2012 as their (and our) last day on earth.
Even the Holy Bible gets into this mess, saying that 2012 is the year of a new holocaust.
Ok, maybe you see prophecies as pure nonsense. Will science suffice?
This day, which corresponds to the summer/winter solstice, has a bit of a cosmic event in store for us. For the first time in 25,800 years, the earth, sun and moon will be perfectly aligned with the colossal black hole in the center of our galaxy, raising in the minds of some the question as to whether the earth's gravity and its magnetic stability will suffer.
Coincidentally or not, the earth's magnetic field periodically inverts itself, turning north to south and vice-versa, causing a "planetary migraine" (basically, all hell breaks loose for a while until things settle down again). Not only are we due for one of these but there are already minute signs that a shift is in progress.
Still, does this mean that we can expect some kind of spasm in our solar system? I'm not too worried about it. Seems a bit far-fetched to me. Who knows, maybe the show I watched was a little bit sensationalist (and I, a little naive!) and it was looking for fire where there was no smoke. TV ratings, you know how it is... In any case, a lot of anthropologists and scholars say that much of the information obtained from the works of these civilizations has been misinterpreted.
I'm not too sure. Who knows what is and what isn´t possible! What if?
The answer to that question is:
December 22nd, 2012.
quarta-feira, setembro 10, 2008
Cigarras
Era uma tarde inteira de brincadeiras, de histórias, de passeios, de piadas (aliás, ela tinha o dom de me fazer rir). Se tivesse que rolar no chão comigo, aquela senhora, sessenta anos mais velha que eu, sequer pestanejava. Jogar futebol com o neto? Corria atrás da bola quase tanto quanto eu! Tocava piano maravilhosamente bem e tinha toda a paciência do mundo quando eu insistia que ela me colocasse no seu colo para tocarmos o “bife”, duzentas vezes seguidas, terminando todas de forma acelerada e às gargalhadas.
Era uma relação que só posso descrever como “simbiótica”. Acho que nós éramos a alegria um do outro.
Hoje faz 21 anos que vovó Lucilla se foi.
Pois é... São tantas as lembranças. Mas de todas essas contidas neste meu arquivo feliz, uma bastante curiosa sobressai.
Nas tardes de verão, sentávamos na varanda da casa dela, em frente ao Parque Lage, para escutar as cigarras sibilando. Jamais me esqueci disso.
Cigarras...
Obrigado, vovó Lucilla. Que saudade de você.
For Sale
The images of New England on the screen prompted me to one of those crazy and usually fruitless internet searches. I typed in "Deepwood Rd." (for eight years, my address in Easton, Connecticut), with hardly a hope of seeing anything remotely interesting. Never did I expect to see what I saw:
The very first image available was that of my old house. Sure, it looked a little different, eleven years of details added and details removed. It looked a little older (or is it my eyes that see a little older?). It looked a little less "mine". But it still looked great and it still looked like home.
The owner, however, was making the same mistake that, had it been in my power, I would have avoided at all costs back then. He had put it up FOR SALE.
I'm quite aware that we should not define ourselves by our possessions and that life is in constant metamorphosis, constant increment. But this house is different. It owned me from 1989 to 1997 and it still has claim to some of the best memories in my life.
Isn´t it curious how we can put a price on memories?
quarta-feira, abril 16, 2008
domingo, fevereiro 03, 2008
Livro da Vida
Meu pai e minha mãe, pouco após se casarem e antes de minha "invenção", moraram por cerca de dois anos em Salvador da Bahia, cidade com talvez a mais singular alma brasileira. 1972 e 1973 foram temperados à baiana. Eu viria, já no Rio de Janeiro, em 1976.
Cresci escutando as mais diversas histórias do que era a vida soteropolitana deles: O acarajé na praia já feito de cor para seus paladares pela baiana de plantão no Forte da Barra; os finais de semana de pegar o carro e ir para alguma praia deserta paradisíaca e não encontrar mais ninguém na areia; meu pai e a pimenta preta; os pescadores puxando, ao pôr do sol, a rede do mar ao rítmo de cânticos afros, além de outros. E um personagem coadjuvante chamado Manolo...
Manolo, chileno figuraça e amicíssimo de meus pais, que descia até Rua Barão de Loreto 12 após sua volta de ônibus do trabalho e fazia, religiosamente, sua visitinha a meus pais para uma dose de whisky e um bom papo. Manolo que eu até cheguei a conhecer antes que ele se foi.
Essas e outras histórias foram contadas a mim repetidamente durante a vida e imagino que eu tenha ficado tão impressionado aos 10 quanto aos 31. Sempre foi bom saber o quanto eles tinham sido felizes lá. De alguma forma, me sinto como se todo esse amor que tenho por o que éramos nós três, eu, meu pai e minha mãe, teve sua semente plantada naquele lugar.
E ali estava eu, numa quarta-feira qualquer, em frente ao Edifício Ambassador na Barão de Loreto, olhando para aquele prédio, para aquela calçada, para aquela encosta atrás do prédio, para o hall de entrada de pilotis e longo corredor. Estava ao celular, falando com minha mãe em Pensacola, Florida, e começamos a lembrar, exatamente como antes, as histórias de lá. Não demorou muito, a garganta fechou e os olhos embaçaram. Desliguei o celular e não resisti. Enfiei o rosto no ombro de minha namorada e chorei a saudade de meu pai.
Interessante... Não chorei só de saudade de meu pai ou da ausência de minha mãe. Tinha mais coisa no meio, a começar pela simples realização do sonho de conhecer a rua deles em Salvador. E tinha até uma certa inveja, sabia? É claro que injustificada, mas ainda assim uma parte mais egoista de mim queria ter participado deste capítulo junto com eles. E o exato oposto, de saber que eles puderam se curtir, sozinhos, um ao outro, naquele cenário e naquela época - ali não era meu lugar nem meu tempo.
Escrevo isso agora e me dou conta de uma coisa que certamente já sabia mas que ficou realmente evidente na Bahia:
A vida que eu conheço não se trata somente de tudo que se passou após meu nascimento. Ela foi sendo moldada, planejada, sonhada, projetada e desejada desde muito antes, ativamente e passivamente, sempre sofrendo as influências de tudo e todos ao seu redor. Essa longa e bela metamorfose adquiriu forma naquela quarta-feira.
Que alegria, a minha... Eu tenho um pouquinho da Salvador de meus pais dentro de mim.
sábado, dezembro 29, 2007
2007
E quer saber? Entrei neste 2007 com um pé-e-meio atrás. Digamos apenas que minha família tem uma história complicada com os anos "sete". 77, 87, 97 foram todos difíceis, com destaque para o primeiro. Então eu, sem querer ser pessimista (mas já sendo), já estava de guarda armada pra aguentar quaisquer trancos e solavancos da vida.
Nada disso! Foi certamente um dos cinco melhores anos da minha vida, que eu me lembre, é claro.
Ano de paz, saúde, mudança, visão...
Ano de vôos, viagens, paisagens, culturas e civilizações...
Ano de novas sensações, novos gostos, novos interesses, novos rumos...
Ano de vida a dois, ou mais...
Ano de virada.
Ano de amor.
Ano de agradecimento.
Ano de vida.
Obrigado, 2007!
Bem-vindo, 2008!