Mother Nature´s Son

This is one of the places where I spent part of my childhood, in a day where mother nature was feeling "creative" and I, one of her more appreciative sons, had my trusty camera with me.

Deixa Que...

Hoje na praia eu vi e escutei, em cores e alto e bom som, o que é a doença deste país. Sentado sob minha barraca, assistia uma senhora de uns cinquenta e muitos e sua filha de vinte e poucos juntando seus pertences para encerrarem seu dia sob o sol escaldante da Barra. Sobrou, como de praxe, um montinho de lixo contendo copos de mate, sacos de biscoito Globo, cocos e outros detritos. Eis que escuto o seguinte diálogo:

Filha: Pega esses copos aí que eu pego o resto!
Mãe: Ah, deixe que os caras fazem isso!

Com essas sete palavrinhas, esse senhora resumiu, com eloquência, a atitude que domina grande maioria do povo brasileiro. E graças a Deus, posso escrever aqui a palavra "maioria" porque a própria filha dela se encarregou de catar o lixo. Ainda assim, nada mais me espanta; nem a total falta de consciência, respeito e classe da senhora (não somente dela) e nem o tradicional descaso com o meio ambiente. Aliás, pobres praias do Rio que são obrigadas a suportar essa gente porca e folgada que é o carioca. Mas isso é outra história...

O tema aqui é o "deixa que". Sina mor dessa gente que assiste, impassível e incólume, a extinção de tudo que é digno e essencial ao bem-estar de uma sociedade. É um defeito que varre a população em geral, desde o mais pobre, que às vezes parece não se interessar em aprimorar a própria existência (leia-se aqui PREGUIÇA para se instruir e se educar), até o mais rico, que lamentavelmente adota uma postura de desinteresse devido ao seu poder aquisitivo (leia-se aqui PREGUIÇA para usar de seu arsenal financeiro no melhoramento das instituições que regem este país).

E assim...

Deixa que o outro faz.
Deixa que o outro paga.
Deixa que o outro sofre.
Deixa que o outro pega.
Deixa que o outro reclama.
Deixa que o outro fala.
Deixa que o outro vota.
Deixa que o outro chora.
Deixa que o outro deixa.......

Eis que, deixando para o próximo, deixando para depois, o Brasil é largado às traças, exposto aos ladrões e aproveitadores, todos da mesma laia, que se proliferam nas favelas, passando por todas as classes e culminando escandalosamente no governo.

Mas não os culpem não! Não me venham dizer que o problema deste país é a corrupção e a incompetência de nossos governantes! O problema deste país é que temos 180 milhões de OVELHAS que, lideradas por absolutamente ninguém, se permitem serem encaminhadas placidamente a um penhasco. Isto sim é a maior vergonha.

Continents and Climates

Another picture taken by me (I took the one below as well but you wouldn´t know it if you don´t speak portuguese), this one in Segovia, Spain. Since I'm being cooked by the Rio de Janeiro heat here, I thought I would change continents and climates. So, you think I have a chance as a photographer?

Silhueta

Entre luz e sombra, qual oferece mais conteúdo?
A luz é o deleite dos olhos.
A sombra decora a imaginação.
Ou será a silhueta, que te dá um pouquinho de cada?

(Foto tirada por mim - a primeira de muitas que mostrarei aqui. Espero que gostem.)

A Second Chance

And a third. And a fourth. And a sixty-fourth, if necessary! Because good music is not necessarily the one that immediately pleases your ears. It´s the one that makes you think a little harder, listen a little harder, so that ultimately you might rise and fall a little harder. It doesn´t invade, it asks permission - and even in that, within all the sound, it does so in a silent manner. It begs for another "PLAY", even if it is not the center of attention. And it is often here that it makes itself heard more intensely, more meticulously. Soon enough, you are delicately assaulted by a pulsing of pitch, rhythm, melody and harmony in such a manner that it becomes addictive. It becomes essential. It inspires. It enslaves you and sets you free at the same time.

Several bands have afforded me such pleasures, from giants of music like Led Zeppelin, Pink Floyd and the Beatles to lesser known bands such as Marillion and not-yet-giants Coldplay or the Dave Matthews Band. They have all contributed to my undeniable awe of music´s capacities and influences.

Lately, and may I say that this is the reason for this particular blog, it is Radiohead which impresses me. I purchased "OK Computer" a while ago, based simply on word-of-mouth and musical reviews. Listened to it once. Listened to it twice, three times and declared it a "dissapointment". A few kilos of dust later, pulled it out again and threw it on the CD player for a little aural entertainment as I busied myself with other tasks. And then, ladies and gentleman, I urge you to re-read the first paragraph. Must I say more?

Eletricidade

Uma rotina vital de microchoques
Dedos pueris futucando tomadas à procura
Certas vezes nos acostumamos com a eletricidade
Torna-se despercebida e mundana, ou talvez anestésica
Baixando uma cortina sobre desconfortos maiores
Nos acomodamos, nos iludimos na calmaria
Despertados por um pico de energia
Sobrecarregados os sentidos, lamentamos, reclamamos...

Injustiça!
Pois que fique registrada minha gratidão.
A queda de um raio é mesmo fundamental, não?

Korean Monster

Aside from the booms, bangs and crashes, the laughs and giggles, the sighs and tears, a few select movies originating from the four corners of the planet have as their primary objective the exploration of the human psyche, both at its best and at its worst. Some would say, pardoning the clichê, that these movies investigate the soul.

There seems to be, and understandably so, a perduring tendency for the movie industry to focus on the "feel-good" aspects, portraying beauty, love, decency, virtue and the likes. But I ask you: How great is it when it all turns sour? Isn´t it a fantastic experience - and a satisfyingly unexpected one - when all hell breaks loose and reality hits the fan?

OLDBOY: A Korean movie which slowly crept into my "to watch" list. It is no masterpiece, it is no technological marvel, it is no great cinematographic feat. Yet, as I sat down to watch it, I could not imagine what was in store for me in the subsequent two hours. Scary to think that such a story could ever be concatenated in somebody´s head, but there it was. I will not give away the plot, as it deserves to be absorbed and deciphered individually, but please allow me to attempt a synthesis of its essence:

A monster is let loose from the depths of the mind.

The Human Flapjack

Flip over, on your stomach. Flip again, on your back. Turn to the left. Turn to the right. Shift your head on the pillow. Shift it back. Put your arms under the pillow. Take one out. Take both out. Slide your leg up. Slide it back down. Cross it over the other one. Flip over, on your stomach. Flip again, on your back. Ah, you´re getting the idea now...

Tired yet?

Well, imagine doing this for H O U R S. Welcome to the wonderful world of insomnia! Oh, if you ever get there, don´t fret. I'm right there with you! In fact, I'm there RIGHT NOW!! Isn´t it thrilling?

It´s now nearly 4 AM. I have to be up just over 2 hours. Any ideas which don´t involve pills, alcohol, or a sledgehammer to the back of the head?

HEEEEEEEEEEEEELP MEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!!!!