domingo, maio 21, 2006

Presidents and Clowns


Isn´t it funny? I have spent the better part of the decade crucifying the man I consider responsible for the chaos in international politics in the beginning of the 21st century. George W. Bush seems to think that showing his virility by means of all out invasions and hostile politics are the way to go. It almost happened with North Korea, it happened with Iraq, it´s almost happening with Iran.

Well, my american friends... Don´t feel too bad. Here we have the exact opposite! Our illustrious president, Luiz Inácio Lula da Silva, affectionately known as Lula, has been showing a predilection for getting *CENSORED* (let´s just say that it has to do with invading a certain body-cavity), enjoying it and then paying for it!! Let me explain:

Brazil has heavy investments in the production and extraction of natural gas in Bolivia by means of energy-giant Petrobras. Or should I say had, thanks to the newly elected president of Bolivia, a man named Evo Morales, a populist of native Incan background, a man of little education, full of empty promises and bravados, and more importantly, a pawn of Hugo Chavez, whom we all know very well.

A few weeks ago, Mr. Morales decided that he would nationalize Bolivia's natural gas resources. And apparently, he felt that he needed to do so by flexing his (little) military muscles against Petrobras - and consequently, Brazil - on Bolivian territory, by invading and taking over brazilian owned and operated natural gas industries, and then expelling its officials. Mind you, these are industries that are operated legally and in accordance to all political and financial treaties between the two countries by Petrobras. In other words, Morales trampled over everything from industrial contracts to private property. He then proceeded to exorbitantly raise the prices of natural gas. And if that wasn´t enough, he now declares Brazil as being a usurper, a pillager, a danger, etc, etc... Needless to say, Morales' proud grin after "beating down the south american giant" in a David and Goliath-like fashion had behind it the sly smirk of Mr. Chavez.

Lula´s reaction on behalf of Petrobras and Brazil?

A formal protest in international courts! Nope...
A demand of payment for losses in private property! Nah...
A demand for the compliance in terms of contracts! Not that either...
The slighest threat, militarily speaking! Not a chance...
The demand for a simple apology! C'mon, AN APOLOGY!! Not even...

Oh, but he DID react! And here is how:

Even though Brazil has already found other sources and means to maintain the steady supply of natural gas it needs, Lula has stated that the country will continue to purchase natural gas from Bolivia, at new and abusive prices, to help its "poor people".

Somebody pinch me.

Mr. Lula sends the following message to brazilians and to the rest of the world:

Humiliation, theft, ridicule, disrespect and the many other implications of actions such as the ones undertaken by Bolivia will be pacifically accepted with a smile and a reward in cash!

I wonder if Lula asked for a lubricant...

terça-feira, maio 09, 2006

Arnaldo Jabour e o Moleque

Essa era boa demais para deixar passar... Só podia ser o Jabour mesmo! Divirtam-se!


Amigos ouvintes, hoje não vou falar com vocês, não.

Eu vou falar com um garotinho, lá do Rio de Janeiro, que fica fazendo malcriação, e não quer comer.
Olha aqui, garotinho, você é um menino muito manhoso! Come. Toma aqui, garotinho, toma uma colherzinha de mingau. Não quer? Ah... quer tutu né? Tutu você gosta, né? Mas não pode. Principalmente o tutu do povo.
Meu filho, come. Você assim vai ficar magrinho. Come, bolinha.
Engraçado!
Você manda sua Rosinha entregar R$ 330.000.000,00, ou seja, U$ 160.000.000,00. Você manda sua Rosinha entregar esses 160 milhões de dólares sem licitação, sem contratos, sem nada, a meia dúzia de ONGs corruptas que não existem, sem endereço, tudo laranja e quando descobrem sua travessura você fica magoadinho e resolve não comer.
Ah, garotinho, para com isso, come. Em vez de ficar fazendo manha, manda devolver os 160 milhões de doláres do povo, que foram entregues a ladrões, que depois iam financiar sua campanha, hein... e outras mumunhas que todos sabemos, não é?
Devolve o dinheiro, garotinho! Não adianta devolver os 600 mil reais que você já recebeu por conta, nem negar o aviãozinho a jato do traficante que você alugou. Não adianta. Tem que devolver os 160 milhões de dólares.
Essa grana dava pra fazer uns 15 bons hospitais no Rio. Essa grana é 20 vezes mais do que a Rosinha investiu em equipamentos pra saúde. Anda, garotinho, come! Essa manha não adianta!
Você pensa que os moços do PMDB vão querer você depois dessa malcriação? Os moços brigam com você!
Ah, já sei! Já sei que você quer ficar magrinho, sem bochechinha, não é? E ainda por cima, bancar a vítima política! Oh, meu filho, pensa que o povo é bobo? Come, garotinho, e manda sua senhora devolver um dos maiores desvios de verba da história brasileira (160 milhões de dólares)! Vamos logo! Não adianta fazer manha, não!

Come e devolve o dinheiro, Garotinho.

domingo, maio 07, 2006

Raízes Em Vermelho e Preto (Parte 2)


HIBERNAÇÃO -

A semente Rubro-Negra germinou e dava indícios de florescer quando foi decretada, em duas etapas, sua hibernação.

A primeira aos 7 anos, fui de mala e cuia com meu pai e minha mãe para São Paulo, aprendi a falar "meu", comer bolachas e cheguei até mesmo a flertar com a adoção de uma nova esquadra - digamos assim, uma dupla nacionalidade, já que "uma vez Flamengo...". Sob a influência de um primo e alguns bons amigos, tornei-me sucetível ao talento e às cores do São Paulo Futebol Clube (mais uma vez os belos e contagiantes vermelho e preto, mas com um branco invasor), equipe pela qual até hoje tenho respeito e um certo carinho. Inclusive existe até hoje, em algum obscuro álbum de fotografias, uma foto minha da época trajando a camisa do tricolor paulista. Mas a sorte interveio e minha possível "São Paulice" findou-se antes mesmo de começar.

Na verdade, esta tal sorte interveio não somente em termos do clube, mas do esporte por inteiro. O ano era 1986 e lá ia eu de mala e cuia novamente. Destino: A terra do Tio Sam, do beisebol, do Mickey. A hibernação se instalava em definitivo agora.

Mais uma vez me inseri na cultura, me deixei influenciar pelas paixões dos outros e acabei por tornar-me um mini-gringo fluente em inglês e torcedor ávido das equipes de beisebol, basquete, futebol americano e hóquei no gelo da cidade de Chicago, nos EUA (times que ainda acompanho e por quem continuo torcendo, mesmo daqui de terras tupiniquins). Entre 1986 e 1991 fiquei ilhado, sem contato com minhas raízes, sem a mínima noção do que se passava com "O Mais Querido". Não havia internet nem cobertura jornalística que me permitisse acompanhar o tetracampeonato brasileiro em 1987 e outras glórias do Mengão durante esses 5 anos.

Curiosamente, chego agora a uma feliz coincidência:

Se o vermelho e preto que amava no Brasil não mostrava as caras a mim, o outro vermelho e preto pelo qual me apaixonei me enchia de títulos e orgulho nos EUA. O Chicago Bulls de Michael Jordan, Scottie Pippen e outros jogadores fenomenais papava 6 campeonatos nacionais em 8 anos. E eu sou dos poucos que pode dizer de peito aberto que não fui um daqueles que pegou o bonde andando! Meu amor pelo Chicago Bulls começou ainda em 1987, quando o time amargava as últimas colocações da NBA. Sofri 4 anos nas mãos do arqui-rival Detroit Pistons até que a dinastia de Jordan tomasse as rédeas do esporte e eu pudesse berrar "É CAMPEÃO!" em duas parcelas de três! Já viu, né? Vermelho e preto é vitória e amor que transcede esportes e culturas (reconheço, isso é frase de Rubro-Negro roxo e chato!).

Eis que aos 16 anos, finalmente ressurgia o broto, finalmente renascia o autêntico Rubro-Negro, finalmente a pele era envolvida pela segunda pele que é o Manto Sagrado.

Nas minhas férias de verão de 1992, mais uma que passava aqui no Brasil com a família, tive meu primeiro gostinho de Maracanã. E que gostinho... O prato de entrada foi o Santos, com um 3 x 1 em que um dos gols do Flamengo foi marcado contra por um Santista chamado Bernardo. O prato principal foi o Botafogo, primeiro jogo da finalíssima do Campeonato Brasileiro de 1992, uma sapecada belíssima de 3 x 0, mais de 100.000 pessoas no estádio (que aperto!), uma atuação fabulosa do Mengão com direito a assistir ao Mestre Júnior deixando Renato Gaúcho sentado seguidamente com dois dribles humilhantes! E finalmente, a sobremesa, dessa vez longe do Maraca: ver meu Mengão se tornar o único pentacampeão brasileiro!

Ao voltar para os EUA depois das férias, voltei à mesma condição anterior: Como se fosse um balde de água fria (leia-se: re-inserção na cultura americana), mais uma vez eu sabia apenas o que meus primos Rubro-Negros me contavam. Inclusive um ataque que chegou de carruagem e saiu de carroça (Romário, Sávio e Edmundo) e uma tal de uma "barrigada" em 1995... Eu, como Flamenguista, não vi nada disso! Mais uma vez: Sorte minha!

A semente esperaria mais um pouco. A partir de 1998, ela cresceria forte, intensa e, finalmente, fixa em solo brasileiro.

quarta-feira, maio 03, 2006

Raízes Em Vermelho e Preto (Parte 1)


AS ORIGENS -

Meu pai jamais teve o direito de escolher seu time, pois meu avô, maluco, não admitia que alguém na família fosse outra coisa que não fosse America. Seu vício pelo "Sangue" carioca era tanto que dois casos contados por meu pai até hoje perduram em minha memória:

1) O América consagra-se campeão de algum torneio (meu pai não soube dizer qual) e meu avô, numa violenta crise de felicidade, invade o campo e agarra o goleiro com um abraço que levou ambos ao chão.

2) Minha tia, com meros três meses de vida, ganha um tour completo da sede do America Football Club nos braços de meu avô, sócio do clube. Detalhe: Com direito a apresentações de todos os funcionários da época e explicação minuciosa das dependências do clube.

Entendeu a neurose? Pois é, meu pai a sentiu na pele. Ele, que cresceu na época do Glorioso Botafogo de Garrincha e cia, foi impedido de tornar-se Botafoguense por meu avô ensandecido.

O lado de minha mãe é composto por um timido bando de tricolores, todos donos de uma paixão tépida, se é que isso venha a se chamar de paixão; digamos que é inversamente proporcional à loucura de meu avô paterno. Nunca alguém desse lado da família demonstrou qualquer indício de amor ao Fluminense e jamais alguém manifestou o desejo de me influenciar. Sorte minha...

Vascaínos, graças a Deus Pai Todo Poderoso, não conheci em minha família. Existe aqui e ali um "agregado" que, se pisar fora da linha, será sumariamente escorraçado. Vasco, NÃO.

Sendo assim, até hoje não sei bem a quem devo agradecer. Quis o mesmo ser supremo que acabo de mencionar que eu me tornasse um inveterado Rubro-Negro, daquele tipo que sofre físicamente durante jogos decisivos. No Maracanã, metade do espetáculo é no campo, metade é meu, nas arquibancadas (um dia, por sinal, hei de contar minhas poucas mas hilárias histórias de Maracanã nessas páginas). Final de campeonato então, é coisa séria! Suo frio, as pernas tremem, as unhas encolhem e a garganta ferve.

Algum filtro foi forte em minha infância. Sim, digo "filtro" porque aos 4 anos, dizia que era Flamengo, Vasco, Fluminense, Bangú, América, Botafogo, etc, etc... Tudo junto. Possivelmente, sei exatamente que filtro foi esse: Foi o Flamengo da década de 80, que varreu o planeta com um futebol avassalador, sob a batuta de Júnior, Adílio, Andrade, Mozer, Leandro e família. Ah, tinha também um tal de Zico no time. Gooooooooooool... Zico, Zicão, Zicaço!!!! Ou seja, foi mesmo uma lavagem cerebral. O menino aqui não teve opção que não fosse torcer para aquele time que conquistava o Rio, depois o Brasil, depois a América e finalmente o mundo. E assim, a nação cresceu em "n" milhões + 1.

terça-feira, maio 02, 2006

Pó Estelar


Sentei na minha cadeira de praia, que levei para a fazenda no campo, e reclinei o encosto até seu ponto mais horizontal. O iPod, programado em shuffle, dava a largada com Jim Morrison, do The Doors, cantando a fantástica "Waiting For The Sun", embora isso fosse precisamente a última coisa que eu desejava naquele momento. Isto porque, diante dos meus olhos e suas pupilas inteiramente dilatadas, apresentava-se em meio ao breu da noite um céu absurdamente lindo, um cobertor de cor negra pontilhado por o que mais pareciam ser diamantes azuis, brancos, amarelos e laranjas.

Estendia-se diante de mim um quadro de uma beleza intraduzível, de uma magnitude indefinível, de um valor incalculável - um banquete para a imaginação, um carrossel de estrelas.

Ah, mas essa beleza, que volta e meia se torna quase sufocante para mim, não basta.

Me orgulho muito em ser um dos poucos a tentar compreender as implicações da simples existência delas. A imensidão que me separa delas poderia muito bem me desestimular. Muitos diriam que há uma certa inutilidade em destrinchar as entranhas de algo tão distante, tão fora de alcance, tão insignificante para os residentes desta pequena bolinha azul. É mesmo???

Carl Sagan, um dos meus ídolos, diga-se de passagem, colocou essa questão na devida perspectiva para mim quando escreveu "Cosmos": As estrelas, os planetas, todos os corpos celestes são compostos pelos elementos químicos imutáveis já conhecidos pelo homem - carbono, hidrogênio, oxigênio, hélio, etc... Se as células de nossos organismos são também compostas por estes elementos químicos, e se nossa existência, a vida, é o fruto da interação destes elementos, então meus caros amigos, revela-se que somos feitos de pó estelar. Literalmente.

Imagine só! Existe a sólida possibilidade de que um, muitos, todos os átomos de seu corpo tenham um dia sido combustível de uma estrela já morta; uma estrela igual a qualquer uma que vemos noite após noite.

E agora, mudou a perspectiva?

Digamos então que não nos preocuparemos com questões existenciais. Vamos brincar um pouco com a imaginação. Vamos entortar a capacidade da mente humana em entender números astronômicos (sim, piadinha intencional).

Quer ter uma idéia do tamanho de uma estrela? Bom, porque não começarmos aqui na nossa vizinhança?

O sol, esta bola de fogo gigantesca que nos ilumina, nos aquece e nos dá a vida, é uma estrela que, com seu diâmetro de 1,4 milhões de kilômetros, é considerada como sendo de tamanho médio. Sim, médio! Não acredita? E se eu te dissesse que a há uma estrela chamada Epsilon Aurigae que é apenas 1.278 vezes maior que o sol? Não visualizou, correto? Então tente digerir esta informação da seguinte forma: Se colocada no lugar do nosso sol, a superfície de Epsilon Aurigae estaria situada além da órbita de (pasmen!) SATURNO! Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter e Saturno seriam engolidos!

Tamanho não te impressiona? Talvez então distância...

Quer ter uma idéia do quão longe fica um quasar? Ah, antes que me esqueça, quasares são os núcleos ativos de galáxias contendo buracos negros super massivos (algo não muito diferente da foto acima) e são os objetos mais distantes da Terra. Pois bem, recentemente descobriram um desses troços a 13 bilhões de anos-luz da Terra! Ok, talvez isso mereça também uma explicação: 1 ano luz equivale à distância percorrida pela luz em um ano - ou seja, a 300.000 km por segundo, isso significa (prepare-se) 9.460.536.207.068 trilhões de quilômetros!! Agora multiplique:

9.460.536.207.068 x 13.000.000.000.000 =

Captou? Sentiu o drama? Assimilou o tamanho do número depois do "="? Pois é, nem eu. Ah, mas antes de te deixar salivando com este pequeno fato, deixe-me adicionar mais um: O tal quasar é um tanto quanto brilhante também. 10 trilhões de vezes mais brilhante que o sol, pra ser exato...

Acho que deu pra perceber minha empolgação com este assunto, não? Pois então acredite: A cada vez que me deito sob um céu estrelado como este que descrevi acima, essas são algumas das coisas que me passam pela cabeça. Não, não sou louco. Apenas sei que o mero fato de possuir a capacidade de apreciar algo tão colossal e ao mesmo tempo tão belo é o que há de mais emocionante na vida.

E diante de tanta beleza, diante de tanta grandeza, só posso mesmo concordar com Carl Sagan em sua genialidade:

Sou pó. Sou pó estelar.